sexta-feira, 23 de agosto de 2013

Balança comercial brasileira x taxa de câmbio: conjuntura atual




Um colega me questionou acerca da relação teórica inversa entre a Balança Comercial (registro das Exportações e Importações) e a taxa de câmbio (preço da moeda nacional em relação à moeda estrangeira.) na nossa atual conjutura econômica.

 Embora o dólar esteja em alta, estamos com saldo negativo na Balaça Comercial, ou seja, as importações estão superando as exportações mesmo com os sucesivos aumentos do preço da moeda americana.

 Em tese, quanto maior for a queda na taxa de câmbio (moeda nacional se desvalorizando em relação ao dólar norte-americano,) menor deveriam ser as importações, e vice e versa,uma vez que os preços dos produtos importados tornam-se mais caros no exterior, isso acaba causando um imbróglio envolvendo a teoria de que o dólar mais caro reduz a demanda por produtos importados e seviços.

No entanto, essa é uma relação, dada a algumas circusntâncias, difícil de prever ou mensurar, já que existem outras variáveis ou fatos que impactam nessa relação, fazendo-a destoar da teoria, como exemplo, a fuga ou retirada de dólares da nossa economia por parte de investidores ou especuladores que estão retornando seus dólares para economia americana, uma vez que os recentes resultados divulgados sobre PIB e Emprego dos EUA apontam para uma melhora acima do esperado.

Dessa forma, a demanda por dólares dentro do Brasil aumenta num curto prazo e em grandes volumes, mas outras variáveis pertinentes as importações  não  variam ou se ajustam na mesma velocidade da saída do dólares da nossa economia, como exemplo contratos de serviços ou mesmo viagens já agendadas para o exterior, onde mesmo que ocorra o aumento no preço do dólar não é possível ou pelo menos há uma grau maior de dificuldade para cancelar e assim uma pressão na demanda por  dólares sendo constante e com a oferta limitada  tem como resultado uma desvalorização da nossa moeda.

Alé disso, é muito importante ressaltar que a estrutura da nossa balança comercial no que diz respeito aos produtos e serviços que são vendidos ( de menor valor agregado) e os que são importados(maior valor agregado),corrobaram muito para que tenhamos um descopasso que tende a desvalorizar a taxa de câmbio.


quarta-feira, 21 de agosto de 2013

Variação do Dólar

        


        Apesar da ação de oferta de liquidez pelo BC tanto no mercado à vista quanto no mercado de derivativos  em relação as flutuações pertinentes ao Dólar, é importante lembrar que tais ações tem um efeito de curtíssimo prazo, haja vista, que os indicadores macroeconômicos dos EUA, tais como crescimento do PIB do segundo de semestre de 1,7% e recuperação de empregos são notícias animadores para investidores e especuladores retornarem suas divisas para as "fronteiras" americanas.
      Assim, apesar do Governo Brasileiro propiciar uma taxa de retorno maior que a dos EUA, muitos ainda optam pela Garantia do Governo EUA, então os mesmos retiram seus dólares do Brasil e voltam a apostar na Economia Americana, dessa forma, a oferta de dólares na Economia Brasileira recua, com a demanda inalterada ou com tendencias crescentes acabam por elevar sua cotação.
     Outro ponto macroeconômico muito importante são os seguidos déficits na balança comercial que até a segunda semana de agosto, acumula um déficit de US$ 4,39 bilhões, contra superávit de US$ 11,4 bilhões no mesmo período de 2012, de acordo com os dados do Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior. 
    Os déficits na balança, de acordo com alguns especialistas que venho acompanhando, estão sendo ocasionados de forma relevante pelo PETRÓLEO, pois aumento da demanda interna pelo combustível, a queda das importações de petróleo pelos Estados Unidos e o recuo dos preços no mercado internacional acabam contribuindo  concomitantemente para que o Brasil esteja exportando menos e importando mais , assim menos dólares entrarem e mais dólares saem e consequentemente pressiona o valor do taxa de câmbio.                Destarte, é esperado que o caminho do dólar, pelo menos até o fim do ano, seja de alta, apesar de suas instabilidade. Portanto,para quem almeja fazer suas "apostas" façam para o caminho de alta. 
OBS: Essa minha análise baseia-se em informações macroeconômicas dentro do atual cenário econômico, como sou um simples graduado em Economia, não tenho acesso as informações dos "bastidores" do mercado monetário que podem ocasionar um considerável desvio padrão dessa minha simplória análise. Cotação do Dólar hoje, dia 21 de Agosto em 2,45.