sexta-feira, 14 de dezembro de 2012

Sobre o "Abismo Fiscal" dos EUA




Imagem retirada do site:http://www.ultimoinstante.com.br (mercados analisa situação da Grécia e abismo fiscal nos EUA).



Provavelmente vocês já devem ter ouvido nos noticiários ou jornais, o tal de "Abismo Fiscal" nos EUA, que de forma sucinta, significa um corte de gastos por parte do Governo concomitante a um aumento de impostos. Os valores são da ordem de cerca de US$665 bilhões, onde US$ 205 seria oriundo dos cortes de gastos, e os cerca de US$ 460,0 bilhões do aumento de impostos.

De forma detalhada os cortes de gastos seriam em: despesas militares (55 bilhões); ajudas aos desempregados (50 bilhões); incentivo aos investimentos (40 bilhões); despesas não obrigatórias (40 bilhões); pagamento aos médicos (20 bilhões).


Enquanto o aumento de impostos irá incidir em Renda e salários ( 435 bilhões) e taxa de sáude (medicare) (25 bilhões).

O montante total representaria cerca de 4% do PIB e poderá comprometer de forma relevante a frágil recuperação da economia americana que vem tentando se reeguer desde 2008.

Os defensores dos corte de gastos (Republicanos) entendem que esta é a única saída para deter a expansão do déficit público-outro problema de médio prazo- toda via, não podemos esquecer que as medidas de cortes de gastos na Europa não ver surtindo grandes efeitos e o momento para ter feito isso era nas "vacas gordas”, mas os gastos com a guerra eram mais importantes.

É preciso entender que equilíbrio fiscal deve ser concomitante a uma eficiente alocação de recursos públicos. Não adianta onerar os cidadãos e as empresas com aumento de impostos sobre salário e renda, e taxa de saúde se de um lado grande $cifras são queimadas na guerra. 

quarta-feira, 12 de dezembro de 2012

Ainda sobre o PIB.



O Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) divulgou nesta quarta-feira (12), dados da pesquisa referente ao Produto Interno Bruto (PIB) dos municípios*.  Os dados são referentes ao ano de 2010, ano que a economia teve um ótimo desempenho com um crescimento 7,5%.  A pesquisa abrangeu todos os 5.565 municípios existentes no país e tem como destaque a centralização da economia, onde 50% da riqueza gerada (PIB) está localizada em apenas 54 municípios, com destaque para São Paulo (11,8%) seguido de Rio de Janeiro (5,0%), Brasília (4,0%), Curitiba e Belo Horizizonte ambos (1,4%) e Manaus (1,3%). Vale destacar ainda, que cerca de 1.325 cidades produziram apenas (1,0% ) do total do PIB.

Dentro da análise do IBGE, muitos municípios, principalmente no Norte e Nordeste, dependem, ainda, muito da administração pública com mais de 1/3 de dependência, conforme os dados divulgados nesta quarta-feira.

Assim, pode-se observar que a economia brasileira continua muito centralizada no eixo do sudeste com cerca de (18,2 %) e que incetivos fiscais e que políticas públicas federais e regionais são de suma importância para uma melhor distribuição da produção do país.

Vale ressaltar, ainda, principalmente para aqueles que condenam os programas assistenciais do Governo, que os programas de seguridade social, empregos públicos e os programas de transferência de renda como o BOLSA FAMÍLIA, são de EXTREMA necessidade para a maioria dos municípios no Brasil, haja vista, que são economias são pouco dinâmicas e com alto grau de dependência do setor público, conforme dados citados anteriormente.

Entre outras palavras, se não fossem programas assistenciais ou o emprego público, muito municípios viveriam num profundo caos social e financeiro.

domingo, 9 de dezembro de 2012

E o PIB heim?!


O PIB cresceu 0,6% no 3º trimestre de 2012*, comparado ao trimestre anterior, e chega a R$ 1,10 trilhão. Foi um resultado aquém do que previam o Governo e o Mercado, que estimavam em cerca de 0,9% a 1,4% respectivamente.
    Assim, espera-se que o ano de 2012 termine com um pífio crescimento de 1%.

                         Motivo para desespero? 

-Certamente, NÃO! temos uma quantidade boa de variáveis econômicas ao nosso favor (Reservas de dólares,baixo nível de desemprego,inflação sob controle..).
No entanto, recomendo que tenham cautela em fazer gastos com prazo de pagamento muito longo,pois se as medidas de incentivo do Governo (linhas de crédito, redução de impostos) não reanimarem nossa economia,ai sim, os cintos irão apertar.

                  Os vilões que estão atrapalhando nosso crescimento (que eu acredito)

1. A nuvem negra que paira no céu Europeu.
2. O consumo das famílias em ritmo menor, devido ao endividamento.
3. A extrema cautela e receio que os empresários têm em investir.Quando fazem é com auxílio do Governo.
4. O Custo Brasil,que inclusive é dos responsáveis pelo processo de desindustrialização*

                            * Vejam!

 Talvez não saibam,quase 70% da nossa economia é levada nas costas pelo setor
terciário, ou seja, o comércio e serviço em gerais.


                   O que esperar?

- Acredito que o Governo Dilma vem adotando medidas coerentes para buscar um crescimento mais relevante para nosso país. A iniciativa de reduzir a tarifa elétrica, além dos incentivos fiscais propostos, é um "antibiótico" muito bom, frente as "pílulas do mato" propostas pelos oposicionistas.


*Ver relatório IBGE.
http://www.ibge.gov.br/home/presidencia/noticias/noticia_visualiza.php?id_noticia=2272&id_pagina=1&titulo=PIB-cresce-0,6%-em-relacao-ao-2%BA-tri-de-2012-e-chega-a-R$-1,10-trilhao

segunda-feira, 3 de dezembro de 2012

Trecho da Reportagem do FHC a Folha Uol e minha critica.
"Folha/UOL: Agora, o PSDB, não obstante o sr. dizer que nunca foi um partido apenas pró-mercado, é um partido que fez, sob a sua administração, várias reformas para colocar o país mais em linha com um aspecto mais liberal da economia. Isso aconteceu. Privatizou, por exemplo.

FHC: Claro, claro. Mas não é por ser liberal. É pelas necessidades, pela contingência da globalização. Quer dizer, o Brasil tinha economia fechada com alta inflação. Como é que se vivia na nossa economia? Qual era a ideia? Vamos fechar? Aumenta a tarifa e vamos dar juros subsidiados para os nossos produtores. Isso ai era o ideal.

Bom, isso funcionou, com substituição de importações e deu resultado. Criamos um pacto industrial que não é pouca coisa, não é? Mas chegou um momento que, também, isso ficou acanhado. O Brasil está como se fosse um adolescente que está com calça curta. Tem que encompridar as calças, ou seja, preparar a economia e o governo para poder lidar com o fato de que a economia estava aberta. Não foi uma decisão ideológica. Foi uma decisão prática." VER EM: (http://www1.folha.uol.com.br/poder/poderepolitica/1194856-leia-a-transcricao-da-entrevista-de-fhc-a-folha-e-ao-uol.shtml)

Minha análise acerca
Concordo, de forma técnica, que o modelo econômico de substituição de importações estava saturado, e que também as privatizações de determinadas estatais se faziam necessárias, entretanto, a forma como se deu e alguns setores estratégicos privatizados é que foi por demais descabida. Além disso, discordo da opinião de FHC em dizer que as decisões não foram de cunho ideológico, pois lembro bem, que na época, ele e a quase totalidade dos integrantes do PSDB tinha na ponta língua a frase do "livre mercado" . Agora, o que realmente é notório é o PSDB querendo se desfazer da imagem de partido liberal, haja vista, que as políticas de Intervenção do Governo Lula e na continuidade com a Dilma, é que colocou o Brasil nos eixos do crescimento econômico sustentado. Além de que, as políticas liberais no mundo afora vem tendo consequências desastrosas. Assim, vejo que a cúpula do PSDB vem há algum tempo tentando se fazer da imagem de partido com ideologia liberal, não só o PSDB mais outros que até então defendiam a bandeira o Liberalismo Econômico.Lembram do PFL que virou DEM?