quarta-feira, 30 de dezembro de 2009

Feliz Ano Novo

Caros amigos,

Novamente, chegamos a mais um final de ano, efêmero e cheio de grandes acontecimentos. As guerras ainda continuam e as divergências políticas entre as nações continuam a provocar grandes tensões a nível global.

Países pobres continuam cada vez mais pobres, os recursos naturais cada vez mais escassos, que por sinal, havia grande esperança na recente reunião de Copenhague de construção de um modelo menos agressivo ao meio ambiente, entretanto interesses maiores que priorizam a lucratividade das grandes corporações e prosperidade individual resultaram em acordos muito aquém do almejado e necessário para tardar o pior.

No nosso país, apesar da crise, continuamos com uma economia cada vez mais forte, apesar da nossa escandalosa política.
Muitos indicadores sociais, apesar de timidamente, tiveram uma melhora, proporcionando melhores condições para muitos brasileiros, mas continuam grandes as disparidades socioeconômicas.

São grandes os desafios para 2010 e os anos seguintes, mas espero que possamos conseguir obter os melhores resultados, independente do partido que venha alcançar a presidência.

Dessa forma, espero e desejo a todos os amigos e leitores do blog um próspero 2010 cheio de realizações e com bastante saúde e espero contar com suas visitas e comentários, tão valiosos, para este ano novo.

Prosperidade e saúde para todos!




terça-feira, 22 de dezembro de 2009

Tutorial da Economia I: o impacto da variação da taxa de câmbio na economia.

Para iniciar, irei explicar de forma sucinta, a interpretação de alguns termos que são pertinentes ao mercado cambial.

O principal termo utilizado é a taxa de câmbio, que significa a relação da moeda nacional com a moeda estrangeira, nesse caso, o dólar. É através da taxa de cambio que sabemos quanto precisaremos dispor de reais (R$) para se obter determinada quantidade dólares ($).

Nos jornais, normalmente, menciona-se que a taxa subiu ou caiu, isso às vezes causa certa confusão para algumas pessoas em relação a interpretação, pois quando a taxa cai, houve na verdade, uma apreciação ou valorização cambial, que significa que precisaremos de menos reais para se obter uma mesma quantidade de dólares. Assim, a expressão de queda da taxa, pode levar a falsa impressão de perda de força da moeda.

Por outro lado, quando a taxa sobe, temos uma depreciação ou desvalorização cambial, que significa que precisaremos de mais reais para se obter a mesma quantidade de dólares.

As forças que interagem nesse movimento de queda e alta dependem do regime de cambio adotado pelo país, no caso do Brasil, desde 1999, adotou-se o regime de cambio flutuante que vigora até hoje.

No regime flutuante, o cambio é determinado pelas forças da oferta e demanda da moeda no mercado, chamado mercado cambial. O Dólar ofertado é oriundo de investidores estrangeiros, exportação de bens e serviços, turistas e outros. Enquanto a demanda, provém de importadores, turistas brasileiros que vão ao exterior, empresas multinacionais que enviam lucros para os países de origem e outros.

Dessa forma, assim como um bem qualquer, se a demanda for maior que a oferta de dólares, tem-se uma pressão, o Real irá se desvalorizar, enquanto o dólar se valorizará, ocorrendo nesse caso uma depreciação cambial. Numa situação inversa, ocorre uma valorização ou apreciação do Real.

Além disso, há uma forte correlação da variação do dólar com os diversos indicadores macroeconômicos nacionais, por isso, em determinadas situações uma valorização cambial pode impactar positivamente ou negativamente no desempenho da economia.

Vale mencionar que uma moeda nacional forte favorece ao bem-estar da sociedade como um todo, pois os bens de luxo e de alta tecnologia, a maioria importados, ficam mais acessíveis, as viagens ao exterior mais em conta, alguns insumos importados como o trigo, para a produção de alimentos, reduz o preço de diversos outros, como pão carioquinha.

Entretanto, existem alguns problemas, ao longo prazo, que a apreciação cambial pode ocasionar para alguns setores da sociedade, por exemplo, os exportadores que recebem em moeda estrangeira, quando a Real se valoriza, há diminuição nos ganhos, assim muitos acabam desistindo ou falindo, podendo ocasionar um desaquecimento das exportações e ocasionando um déficit na balança comercial (exportações <>

Assim, quando ouvirem noticias sobre a alta ou baixa do dólar, saibam que sempre há um impacto no cenário econômico e que num cenário de longo prazo, poderá impactar no seu bolso.

quinta-feira, 17 de dezembro de 2009

Tutorial da Economia: a importância de alguns índices para o cotidiano

Atendendo aos pedidos de alguns leitores do blog e de colegas, estarei a partir do dia 21/12, com periodicidade semanal, escrevendo uma série de textos, chamado tutorial da economia.
O referido tutorial visa propiciar um conhecimento básico, porém útil, para entender a importância, no dia-a-dia, de diversas análises e índices econômicos que são noticiados nos meios de comunicação e que para muitos são de difícil compreensão.

Dessa forma, espero contribuir para que todos tenham uma maior facilidade em gerir suas finanças pessoais ou até mesmo seus negócios, ou mesmo, aprimorar suas analises criticas em relação à política econômica do governo, dando maior fundamentação e consistência as mesmas.

Com relação ao tutorial, será desenvolvida uma série de dez (10) tutorias que serão postados sempre as segundas feiras, iniciando no dia 21 de dezembro, com o primeiro tema: o impacto da variação da taxa de câmbio na economia.

Então, até lá!

terça-feira, 15 de dezembro de 2009

Comércio Varejista cresce em novembro


De acordo com o IBGE, as vendas do comércio varejista em novembro tiveram um crescimento em relação ao mês de outubro de 1,4% no volume de vendas e 1,8% na receita nominal. Vale lembrar, que esse crescimento foi feito com ajuste sazonal, ou seja, já é considerado na análise o aquecimento das vendas de final de ano.

Comparado ao igual período do ano anterior, o crescimento foi de 8,4%, evidenciando uma recuperação do comércio varejista, face aos efeitos da crise, sentidos de forma mais expessiva no segundo semestre de 2008.

Nos resultados por Estado, temos o Piauí, Ceará e Sergipe com as maiores taxas de crescimento, respectivamente em (15,9%),(13,9%) e (13,0%), conforme o gráfico abaixo.




Com esses resultados espera-se, cada vez mais, que haja o mais breve possível a retomada da nossa economia, de forma mais relevante, para 2010.

quinta-feira, 10 de dezembro de 2009

Novas medidas de estimulo ao Desenvolvimento Econômico para 2010

O Ministro da Fazenda, Guido Mantega, anunciou nesta quarta feira (10/12), medidas de estimulo ao desenvolvimento econômico para 2010. As medidas que foram anunciadas durante a reunião do Conselho de Desenvolvimento Econômico (CDES) visam manter o crescimento econômico em 5%, e para isso serão realizados fortes investimentos e desoneração fiscais.

Dentre as principais medidas temos:

• Concessão de uma nova linha de crédito de até R$ 80 bilhões da União para o BNDES a fim de financiar investimentos produtivos para 2010-11, tendo como atividades prioritárias, a infra-estrutura econômica e social, bens de capital, exportações, inovação ciências e tecnologia.

• Prorrogação da desoneração do IPI incidente sobre os bens de capital até 30 de junho de 2010.

• Empréstimo da União para o Fundo da Marinha Mercante no valor de R$ 15 bilhões.

• Suspensão da cobrança de IPI, PIS/CONFINS e imposto de importação incidente sobre bens e serviços relacionados a investimentos em refino de petróleo e indústria petroquímica no Norte, Nordeste e Centro Oeste.

• Desoneração permanente do IPI incidente sobre aerogeradores utilizados na produção de energia de fonte eólica.

Como podemos observar as medidas acima são voltadas para o fomento do setor produtivo da economia, pois além de propiciar maior valor agregado ao PIB é capaz de dar maior sustentabilidade ao crescimento econômico em um cenário de longo prazo.

No entanto, vale ressaltar, que as medidas são de incentivo, portanto, para surtir efeito teremos que considerar que 2010 não teremos grandes adversidades no cenário da economia mundial, além do mais, os frutos dessas medidas começarão a ser sentidos a partir do segundo semestre de 2010, dada a sua escala dimensional.

quarta-feira, 9 de dezembro de 2009

Inflação oficial (IPCA) tem alta em Novembro


O Índice de Preços ao Consumidor Amplo-IPCA, no mês de novembro apresentou uma variação de alta de 0,41% , superando o índice de outubro que foi de 0,28%. Comparado com o de novembro de 2008, que foi de 0,36%, ficou 0,5 ponto percentual acima.

Vale lembrar, que em 2008 foram sentidos os maiores efeitos da crise, com a desaceleração da atividade econômica, portanto, era de se esperar que o índice desse ano, fosse superior ao do anterior.

Quanto, a alta em relação aos meses anteriores, como bem mencionei no comentário do IGP-DI, o aquecimento da demanda, ocasionado pelas datas festivas do final do ano que aquecem o comércio, em geral, tende a provocar uma elevação da inflação.

Considerando os últimos 12 (doze) meses a inflação está em 4,22%, dentro da meta do Banco Central que é de 4,5%.

O grupo de Alimentação e Bebidas foi o que exerceu a principal pressão de alta, conforme a tabela abaixo.






terça-feira, 8 de dezembro de 2009

Alta do IGP-DI em Novembro

A FGV - Fundação Getúlio Vargas divulgou nessa semana o Índice Geral de Preços na Disponibilidade Interna (IGP-DI) referente ao mês de Novembro. O referido índice registrou inflação de 0,07% após o registro de deflação no mês de outubro de 0,04%.
O IGP-DI mensura a variação de preços que afetam diretamente as atividades econômicas dentro do território Nacional, excluindo, por tanto, as variações dos preços de bens destinados à exportação, por isso a sigla DI(Disponibilidade Interna).

O IGP-DI é composto por outros índices e seu cálculo é realizado a partir da média aritmética ponderada dos seguintes índices: o IPA (Índices de Preços ao Atacado), ponderado em (60%);IPC( Índice de Preços ao Consumidor) de famílias que ganham de 1 a 33 salários mínimos com ponderação de (30%) e o INCC (Índice Nacional da Construção Civil) relacionado aos preços no setor da construção civil com ponderação de (10%).

Para quem se lembra, antigamente, o IGP-DI era usado para reajuste das contas telefônicas, hoje, é utilizado para como indexador das dividas dos Estados com a União.

No que diz respeito a sua variação de alta, no mês de Novembro, um dos principais fatores é sazonalidade de alta do período, ou seja, no final do ano há uma tendência natural de aquecimento da demanda, por contas das datas comemorativas, que tende a provocar uma elevação dos preços, em geral.