segunda-feira, 29 de junho de 2009

...iBovespa Sem Tendência...

No pior da crise, que iniciou em Setembro do ano passado, os investidores estrangeiros se retiraram do mercado brasileiro. Assim, passaram a aplicar nos títulos do tesouro americano, pois era mais seguro. Já em Março deste ano, o otimismo em relação à recuperação rápida da economia ganhava força e esses investidores foram aos poucos retornando ao mercado doméstico, aplicando em ações brasileiras. O ápice desse retorno ficou visível no mês passado, quando o saldo líquido de estrangeiro na Bovespa foi positivo em mais de R$ 6 bi.

Esse vai e volta do estrangeiro e do Ibovespa está longe do fim. Enquanto não houver informações mais sólidas sobre a tendência da economia mundial, esse fluxo de recursos não terá uma direção definida. Essa falta de tendência significa que o Índice Bovespa deverá ficar oscilando. Pode-se concluir que o investimento de curto prazo em ações é o principal objetivo dos estrangeiros no momento. Enquanto não existir uma quantidade de indicadores econômicos significativos apontando para uma recuperação concreta, os investidores estrangeiros ficarão fazendo operações de curto prazo, lembrando que estes são os aplicadores mais importantes dentro da bolsa brasileira, em termos de volume financeiro dos negócios.

quarta-feira, 24 de junho de 2009

Banco Mundial Pessimista?

Em novo relatório, o Banco Mundial reviu suas estimativas para a recessão mundial. O banco revisou de 1,7% para 2,9% sua projeção de queda do PIB mundial para este ano. A economia dos países da América Latina e Caribe encolherá agora 2,2%. As maiores quedas ficaram reservadas para a economia Americana, em 3%, zona do Euro, em média 4,5% e Japão 6,8%. Em relação ao Brasil, o banco projeta recuo de 1,1% ante alta de 0,5% no penúltimo relatório.

Sua revisão não deixa de ser mais sombria em relação às principais economias do globo, mas vale destacar que, já para 2010 o banco trabalha com projeções positivas para os PIB´s, o que pode-se concluir que as economias tenderão a se recuperar da crise mais precisamente a partir do próximo ano. Muitos economistas defendem uma recuperação lenta, mas já perceptível ainda neste segundo semestre.

quarta-feira, 10 de junho de 2009

Brasil em Recessão

O IBGE divulgou ontem o valor do PIB referente ao primeiro trimestre deste ano, que apesar de ter sido abaixo do esperado, não escapou da recessão. Este conceito – recessão econômica - é atribuído quando ocorre um PIB negativo por dois trimestres consecutivos. Nos três meses iniciais deste ano, o PIB caiu 0,8% na comparação com o quarto trimestre do ano anterior e 1,8% sobre igual período do ano passado. Lembrando que ocorrera retração de 3,6% no último trimestre do ano anterior.

Sob a ótica da demanda, a surpresa se deu por conta do consumo das famílias. Estas gastaram mais 0,7% no primeiro trimestre em relação ao quarto trimestre do ano anterior, quando o consumo registrou queda de 1,8%. Já em relação ao primeiro trimestre de 2008, obtivera avanço de 1,3%. Já pela ótica da oferta, o setor de serviços foi o único a crescer nos três primeiros meses do ano em 0,8% em relação ao quarto trimestre e 1,7% sobre o primeiro.

Segundo os analistas, este resultado do primeiro trimestre, aumenta as chances do país encerrar o ano com um PIB positivo ou com uma retração pequena. Segundo relatório Focus desta semana, a projeção do PIB para este ano obteve uma leve melhora se comparado com o relatório da semana anterior, passando de -0,73 para 0,71. Após o conhecimento do PIB do primeiro trimestre com resultado abaixo do esperado, a tendência é atenuar essa expectativa negativa para o PIB nos próximos relatórios.

segunda-feira, 8 de junho de 2009

A Solidez da Economia Brasileira

Apesar da turbulência financeira pelo quais várias nações estão vivenciando desde meados de 2007, pode-se afirmar que o Brasil pela primeira vez em sua história moderna, está reagindo bem à crise com totais condições de enfrentá-la com total segurança, graças às políticas econômicas adotadas. Percebemos a solidez econômica através da análise de algumas variáveis de vulnerabilidade externa a seguir.

Em relação ao Investimento Estrangeiro Direto, ou seja, recursos destinados ao setor produtivo, até o mês anterior já apresenta um resultado acumulado superior a US$ 11 bilhões, valor significativo para um ano de crise. Em termos de reserva internacional hoje se situa na casa dos US$ 205 bilhões, se comparado aos US$ 207 bilhões quando o país entrou no cerne da crise, ou seja, praticamente estável, se comparado às perdas de outras nações. Por exemplo, no mesmo período a Rússia viu evaporar mais de US$ 100 bilhões de suas reservas cambiais. Em relação à inflação o país deverá fechar o ano com uma taxa abaixo da meta oficial de 4,5%, por volta dos 4,3%. A relação da dívida líquida/PIB em Abril correspondia a 38,4% do PIB e a projeção é de fechamento em 37,5% em 2010. Essa relação da dívida líquida em relação ao PIB apresenta em países ricos indicadores muito piores se comparado ao nosso, o que podemos afirmar que está solvente. A taxa básica de juros em termos reais, está no menor patamar da história, por volta de 5% ao ano, o que tende a propiciar uma boa performance da atividade econômica, que por sinal já está começando a se recuperar ainda que lentamente.

Conclui-se a partir de alguns indicadores de vulnerabilidade que o país está enfrentando com sucesso essa crise, se comparado a crises passadas.

sexta-feira, 5 de junho de 2009

Ibovespa em Alta

Os bons resultados dos indicadores externos divulgados na Zona do Euro e nos EUA, respectivamente, contribuíram para a formação de um otimismo no mercado. Otimismo este, que veio a contribuir para minimizar projeções ainda mais negativas do BCE (Banco Central Europeu) para o PIB da Zona do Euro em 2009, tendo impacto positivo nas principais bolsas de valores do mundo.

O Ibovespa fechou o mês de Janeiro deste ano em 39.300 pontos. Como se pode observar na tabela abaixo:
Pode-se observar uma variação significativa do índice em 35,36% se comparado com o fechamento do mês de Maio, que foi de 53.197 pontos. Apesar das seguidas reduções da taxa de juros doméstica, o país ainda apresenta uma das taxas de juros mais altas do mundo, o que propicia ao investidor uma remuneração atraente. O Mercado trabalha com expectativa de fechamento da Selic em 9% para este ano. Segundo dados divulgados ontem pela Bovespa, em Maio, os investidores estrangeiros representaram 37,16% do volume financeiro do negociado no pregão, ante 36,23% em Abril. Já neste mês, considerando apenas o pregão do dia primeiro, os estrangeiros representam 39,2% do volume de negócios, um recorde absoluto.

A dúvida é de se esta alta se sustentará. Alguns analistas projetam a bolsa acima dos 60mil pontos para este mês de Junho. Lembrando que na próxima semana haverá reunião do Copom para definir a nova Selic. Afinal, ainda é hora de entrar na bolsa e colher bons frutos no curto prazo?