segunda-feira, 25 de maio de 2009

Cenário Econômico Brasileiro Piora

A Economia Brasileira deve recuar 0,53% neste ano, ante 0,49% na semana anterior. É o que projetam os analistas de mercado, segundo foi divulgado no boletim Focus desta segunda-feira pelo Banco Central. Esta tendência de piora é constatada pela terceira semana consecutiva em relação ao PIB. Para 2010 a projeção de crescimento se mantém há 12 semanas em 3,5%. Observa-se também piora na estimativa da produção industrial para o ano vigente, prevista para fechar o ano em declínio de 4,26%. A projeção para a Dívida Líquida do Setor Público manteve-se nos 39% - % do PIB – para este ano, variável esta que é importantíssima, pois quanto menor for esta relação, melhor será a confiança do investidor estrangeiro de que o país será capaz de honrar seus compromissos.

A expectativa para a taxa de inflação e taxa Selic se mantiveram inalteradas em relação ao relatório da semana anterior. Espera-se uma taxa básica de juros em 9% e IPCA em 4,33%. Já a taxa de fechamento de câmbio para o ano segue em queda pela segunda semana consecutiva, estimada para R$ 2,10.

quarta-feira, 20 de maio de 2009

Brazil Food - BRF

As crises afetam firmas que estão fragilizadas financeiramente, assim entram em processo de decadência ao perder espaço no mercado, o que as deixa mais vulneráveis e pressionadas. Já empresas que estão com caixas abastecidos têm a possibilidade de saírem às compras. E são nestes ambientes de revisão de estratégia que surgem grandes oportunidades. É o caso recente da fusão entre a Perdigão e Sadia, Aracruz e VCP, Texaco e Ultra, Itaú e Unibanco dentre outros.

No caso da Sadia, a política tomada com derivativos cambiais realizados pela empresa que, a priori, era proteger de uma desvalorização do dólar, trouxe perdas de R$ 2,6 bi quando a moeda americana veio a disparar no segundo semestre do ano passado. Este prejuízo a enfraqueceu e a união com a Perdigão se tornou possível.

Esta operação de fusão dá origem a um gigante mundial no setor de alimentos, a Brazil Food – BRF – que já nasce como a terceira maior exportadora do país. A nova companhia terá mais de 30% do abate nacional de aves e suínos. No varejo, terá mais de 60% no mercado de margarinas, 57% em industrializados de carne, 68% em pizzas e 88% em massas prontas. Surgem daí, questões sobre o alcance de seu poder no mercado interno, como por exemplo, o esmagamento da concorrência.

quarta-feira, 13 de maio de 2009

Imposto Sobre Poupança

O Ministério da Fazenda poderá divulgar hoje as mudanças previstas sobre a nova remuneração do mais popular instrumento de investimento do país, a caderneta de poupança. A decisão do governo pela cobrança de IR – Imposto de Renda – nas aplicações em poupança começa em 2010. A priori, devem ser taxadas as contas com depósitos superiores a R$ 50 mil. Se prevalecer este limite, 99% dos aplicadores estariam isentos de tributação. A realidade é que a equipe de Lula é favorável a uma mudança definitiva nas regras da poupança. Seus técnicos preferiam acabar de vez com os juros tabelados em 6% anuais.

O governo avalia que a solução que sua equipe propusera seria inviável, pois em razão da proximidade de ano eleitoral, este ato daria discurso contra a oposição. A intenção do presidente é de não mudar a regra para um percentual significativo de mais de 90% dos poupadores.

segunda-feira, 11 de maio de 2009

O Pior Da Crise Já Passou?

A primeira semana do mês de Maio ficou marcada pela euforia no mercado brasileiro de ações. A Bovespa já acumula alta de mais de 36% em 2009 ultrapassando a casa dos 50 mil pontos, além de reduzir as perdas em 12 meses em mais de 26%. As duas principais empresas do mercado brasileiro, Petrobras e Vale que respondem sozinhas por 37% do índice Bovespa, tiveram forte recuperação nos últimos meses. As ações ordinárias da Petrobras chegam a acumular alta no ano em mais de 50%. Fica a incógnita da sustentabilidade da alta de preços das ações com essa “euforia” de que o pior da crise já passou.

As boas perspectivas de início de recuperação da economia norte-americana somado com uma forte entrada de recursos no mercado doméstico contribuíram para a valorização do real ante o dólar na primeira semana de Maio. A moeda norte-americana fechou a semana cotada a R$ 2,068 registrando no acumulado do ano uma desvalorização em mais de 11%.

Os dados positivos da primeira semana de Maio, tirando por base a Bovespa, já que este é considerado o “termômetro” da economia, pode passar a impressão de que o pior da crise já passou, mas é preciso ter cautela com este otimismo exagerado e para muitos analistas ainda é cedo para dizer se a crise acabou.